As iniciativas vão desde novidades nas regiões corporativas, passando pelos empreendimentos e até mesmo nos ambientes dos escritórios, que oferecem mais serviço, comodidade e criatividade em diferentes conceitos para atrair as empresas.
Muito falada durante os últimos dois anos, a pandemia de Covid-19 despertou no mercado imobiliário um enorme desafio, quando o lockdown foi decretado em março de 2020.
Desde então, empresas passaram a renegociar seus espaços, mudar de endereço e considerar regiões mais alternativas para uma nova ocupação. Do outro lado, proprietários precisaram se reinventar, proporcionar mais flexibilidade nos contratos de locação e criar planos a médio e longo prazo para assegurar taxas de vacância menos impactantes.
No final do ano passado, a absorção bruta apresentou melhoras em São Paulo, mas a absorção líquida já mostrou sinais relevantes de recuperação, passando de 58.736 mil m² no 3T21 para positivos 22.083 mil m² no 4T21. Já no Rio de Janeiro, o ano de 2021 terminou com leve queda na taxa de vacância (39,9%), fechando o 4T21 com absorção líquida também com crescimento positivo, ainda que lento, de 1.363 m² para 1.830 m².
Segundo a Buildings, a tendência em 2022 é que as empresas voltem a ocupar mais espaços, movimentação contrária ao período pandêmico, em que grandes companhias reduziram suas ocupações. Há também a necessidade de utilização de mais espaços visando proporcionar mais bem-estar, lazer e áreas de descompressão aos colaboradores no modelo híbrido de trabalho.
Mas como proporcionar mais comodidade, criatividade e se tornar mais atrativo em meio à recuperação do mercado imobiliário? Camila de Castro - Coordenadora de Real Estate, explica algumas alternativas que podem auxiliar nesta retomada gradativa.
Atratividade nas regiões
Mesmo com o aquecimento do mercado de escritórios corporativos, as ocupações não serão proporcionais ao cenário pré-pandemia. “Essa movimentação no início do ano traz mais possibilidades para o movimento flight to quality, gerando mais oportunidade para empresas
mudarem de endereço para edifícios melhores com preços acessíveis.”, acrescenta Camila.
As principais regiões de São Paulo como Paulista, Faria Lima e JK ainda continuam sendo procuradas, mas outras também ganham destaque com mais atratividade no preço e ótimas localizações, gerando interesse por estarem perto de transporte, hotéis e espaços para eventos presenciais como é o caso da Berrini e Chucri Zaidan.
Já no Rio de Janeiro, o Centro continua sendo o polo tradicional corporativo, mas regiões como Porto Maravilha e Cidade Nova também proporcionam uma rede de serviços, hotéis e turismo no entorno dos edifícios que chamam a atenção dos inquilinos ao analisarem suas ocupações. Atratividade nos edifícios
O momento é oportuno para o aquecimento do setor. “Os proprietários passaram a oferecer mais flexibilização na hora de negociar, incentivos como carência e até descontos. Mas neste momento é preciso contar com suporte estratégico de profissionais que deem suporte não só visando o momento atual, mas as projeções de negócio a médio e longo prazo.” complementa a Coordenadora.
Além disso, os edifícios passaram a oferecer também mais oferta de serviços. O uso de tecnologia, serviços diferenciados como costura, beleza, alimentação, sustentabilidade e entretenimento também passaram a ser considerados como atrativos na hora de mudar.
Atratividade nos escritórios
Com a adoção do trabalho híbrido, as empresas passaram a utilizar seus espaços de forma mais criativa, com intuito de promover mais interação em reuniões, eventos, workshops e encontros de equipes presenciais.
Os espaços passaram por adaptações e hoje oferecem escritórios que permitem ao funcionário trabalhar com mais flexibilidade.
“As empresas passam a oferecer mais opções para promover o relacionamento, incluindo também mais criatividade e ambientes amigáveis que incluem salas de jogos, restaurantes e cozinhas modernas dentro do escritório, além áreas de descompressão maiores e espaços para mini encontros.”, finaliza Camila.
Ao longo de 2022 o que podemos esperar é um mercado mais criativo, que tem recuperação ainda tímida, mas que passa por diversas mudanças e experimentações para tornar 2023 um ano de mais consolidações.
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