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Como o mercado imobiliário está se adequando às práticas de carbono zero.

Atualizado: 24 de jun. de 2022


O compromisso mundial com a neutralização do carbono ganhou destaque nos últimos anos e tornou-se um desafio para o segmento da construção civil. Esse conceito nasceu com o Protocolo de Kyoto (1997), acordo em que os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir em 5% as emissões de gases do efeito estufa em quatro anos (entre 2008 e 2012).


Em 2015, novas metas foram criadas com o Acordo de Paris, um tratado internacional assinado por 195 países (incluindo o Brasil). Seu objetivo principal é criar estratégias para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) e impedir o aumento de 2°C na temperatura do planeta em relação à era pré-industrial.


Trata-se de um passo importante para combater as mudanças climáticas e evitar desastres naturais causados pelo aquecimento global como elevação do nível dos mares, derretimento de geleiras, secas prolongadas, entre outros.


No mercado imobiliário há um consenso de que os resultados só serão vistos se as iniciativas entre governo, usuários dos imóveis e os investidores tiverem uma parceria em sinergia.


De acordo com levantamento realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o setor é responsável por 36% do consumo de energia, 38% de emissões de carbono relacionadas à energia, 50% do consumo de recursos naturais e deverá dobrar a emissão de carbono total até 2060.


O que é carbono zero?


Carbono zero é uma política adotada por empresas que têm como objetivo neutralizar ou reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Trata-se de um compromisso climático que busca limitar o aquecimento global, incluindo iniciativas públicas e privadas, envolvendo órgãos públicos, investidores e empresas.


Diante deste contexto, é preciso compreender a importância de haver empreendimentos com os selos de sustentabilidade e com o compromisso de alcançar a neutralização de carbono.


Em São Paulo, por exemplo, o governo está desenvolvendo o Plano de Ação Climática, que prevê até 2050 a inexistência de emissão de carbono, contando com o setor imobiliário para o atingimento do objetivo.


Benefícios de um empreendimento carbono zero



A solução ecológica envolve não só o conceito Green Building, que engloba desde as etapas de construção até a sua finalização, mas também se torna referência no mercado e passa a ser considerada por muitas empresas que precisam também adotar planos estratégicos para adotarem a redução da emissão de carbono.


Os edifícios sustentáveis tem mais visibilidade, internacionalização, impactam positivamente no valor condominial e trazem status para a construção. Eles também valorizam fundos de tijolos, uma vez que a taxa de vacância de empreendimentos sustentáveis é, em média, 10% menor do que edificações comuns por apresentarem vantagens a longo prazo.


Além de contribuir com a imagem da companhia adepta às práticas sustentáveis, as taxas de condomínio dos green buildings são entre 15% e 25% menores, pois reduzem o consumo de energia e recursos utilizados nas instalações e ambientes.


Quais são as práticas mais usadas por empresas carbono zero?


As práticas são utilizadas desde a escolha do composto químico durante a construção até as substituições de aparelhos e sistemas de energia e aquecimento, que prolongam a vida útil da edificação.


Nesse sentido, é importante destacar o conceito Net Zero, nome simplificado de Net Zero Carbon (Zero Emissão Líquida de Carbono, em tradução livre).


O uso de madeiras certificadas, cimentos ecológicos e parceria com fornecedores alinhados com a pauta carbono zero são alguns exemplos nesse sentido. De onde vem o material, como ele foi fabricado e qual é o processo de descarte são questões que devem ser analisadas antes das escolhas.


As técnicas construtivas usadas também devem ir ao encontro da redução de danos ambientais. Lembre-se que a etapa de construção é o momento em que há a maior emissão de gases estufa, por isso é importante criar um projeto e gerenciamento de obra voltados para escolhas sustentáveis.


Outra prática é a busca pelas certificações ambientais, que são essenciais para a criação de green buildings. De acordo com a Green Building Council Brasil, organização responsável pela emissão da certificação LEED, houve um aumento de 28% na quantidade de certificações emitidas em 2020 na comparação com o ano anterior.


Uma das medidas adotadas para alcançar essa neutralização, atualmente no Brasil, é a compra de créditos de carbono. Eles são gerados por meio de ações que reduzem as emissões de GEE, como o plantio de árvores, por exemplo.



Investimentos em carbono zero ainda são desafiadores


As construções carbono zero precisam de um investimento maior a curto prazo, já que os custos envolvidos englobam desde a fabricação de materiais até o consumo cotidiano dos inquilinos.


Outros valores envolvidos com as certificações ambientais, consultorias, materiais sustentáveis, contratação de profissionais especializados, entre outros, elevam ainda mais os investimentos iniciais.


Por outro lado, é importante destacar que o retorno de investimento é promissor. Estima-se que a longo prazo essas construções tenham mais durabilidade e eficiência, além de possibilitar que o proprietário atinja novos mercados e seja reconhecido e valorizado por empresas que exigem selos ambientais e práticas institucionais ligadas à redução de carbono.


Conhecer a fundo a pauta carbono zero é uma forma de reduzir impactos ambientais, destacar-se da concorrência e criar projetos inovadores. Por isso, é importante contar com profissionais que entendem do mercado e de estratégias a médio e longo prazo.


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