Mulheres, mães e profissionais explicam como conciliar as diferentes responsabilidades entre a vida pessoal e profissional.
Carreira, filhos, família, casa, trabalho. Muitas são as atribuições designadas historicamente para as mulheres que precisam conciliar seus objetivos profissionais e pessoais.
Segundo a pesquisa da FGV, após 2 anos quase metade das mulheres que passaram pelo período de licença maternidade estão fora do mercado de trabalho. O impacto é ainda maior quando se fala de mulheres com nível educacional mais baixo, representando 51% versus 35% em mulheres com escolaridade superior.
Reunimos as mamães de plantão que trabalham na matchpoint para compartilharem os desafios da maternidade e de suas carreiras, no mercado imobiliário.
Qual é o maior desafio em ser mãe no mercado de trabalho?
Julia Botelho, Sócia - Fundadora da matchpoint: Nasce uma mãe e nasce uma culpa. Ou seja, para mim, meu maior desafio é saber lidar com essa culpa administrando o tempo com a minha filha e o tempo com o trabalho.
Giuliane Basile, Sócia & Diretora de Novos Negócios da matchpoint: Conseguir se organizar para que o tempo dedicado ao filho seja da melhor qualidade possível. Além de conseguir dar uma boa educação mesmo não estando o tempo todo junto.
Camila de Castro, Coordenadora de Real Estate da matchpoint: Se desdobrar em 4 (pelo menos!) para dar conta de tudo. Além de todos os desafios que conhecemos (disparidade salarial, de cargos etc.), ainda é muito instinto materno querer controlar tudo, o que acaba gerando uma sobrecarga mental absurda! Ter uma rede de apoio de confiança, seja na escola, seja em casa, ajuda demais, porque inevitavelmente não estaremos juntos com os pequenos no dia a dia.
Como é assumir o papel de liderança e ser mãe ao mesmo tempo?
Julia Botelho: Eu acho que me tornei uma melhor líder após ser mãe, pois consegui ser mais pragmática e prática nas minhas decisões. Não é fácil, mas adoro desafios.
Giuliane Basile: Acho que, na verdade, uma coisa acaba ajudando a outra. O espírito de liderança impacta até na organização das rotinas e da casa.
Camila de Castro: Eu prezo muito pela qualidade em cada papel que desempenho. Gosto e me sinto completa com os desafios profissionais, é uma parte muito importante de mim. Particularmente acredito que meu filho sente a importância desse lado e, mesmo pequeno, ressalto que trabalhar pode e deve ser bom, e é nessa realização que eu consigo também ser exemplo para ele.
Como conciliar a maternidade com a carreira?
Julia Botelho: Qualidade X quantidade. Nem sempre a quantidade de tempo com o seu filho é o mais importante. Para conciliar a maternidade é utilizar o tempo que você tem com o seu filho com qualidade e foco nele.
Giuliane Basile: São duas realizações distintas, mas super importantes. É saber lidar com a culpa de que você nunca está fazendo o suficiente na questão da maternidade, mas ao mesmo tempo, a esperança de que seu filho um dia tenha orgulho de você.
Camila de Castro: É a parte mais difícil, porque a impressão é que sempre algum lado está ficando desassistido. Já tive fases de me frustrar por não conseguir dar o máximo em nenhuma delas e quase surtei, hoje simplesmente aceito que vou falhar em algum momento, com ele ou no trabalho. Escolho as batalhas mais importantes, e segue a vida.
Como a matchpoint lida com estas questões, com as mães na equipe?
Julia Botelho: Acredito que muito bem. Qualidade de vida é importantíssimo.
Giuliane Basile: A matchpoint sempre prezou pela qualidade de vida e bem-estar dos funcionários, não apenas no discurso, mas na prática, que é muito verdadeira.
Camila de Castro: Principalmente por ter uma mulher/mãe como uma das fundadoras, a matchpoint sabe que nossos filhos apenas acrescentam no nosso repertório, nunca o contrário. Temos qualidade de vida e abertura para organizarmos nossa rotina da maneira mais confortável para nós, porque existe a confiança que o trabalho será entregue com a mesma ou até melhor qualidade.
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